Avaliação de desempenho a partir da auto percepção de alunos de uma turma de futsal de participação
Por Hélio Mamoru Yoshida (Autor), Juliana Rose Santos Cavalcante (Autor).
Em IV Congresso Internacional de Pedagogia de Esporte - CONIPE
Resumo
: Avaliar deve fazer parte das práticas pedagógicas esportivas, permitindo identificar se os objetivos estabelecidos foram alcançados, fazer ajustes e definir novas metas. No esporte de participação, encontrar ferramentas que possibilitem responder essas perguntas se torna um desafio. Tendo como intenção descentralizar o ato de avaliar da educadora e envolver os participantes no processo, valorizando suas experiências e incentivando sua autonomia, recorremos à percepção dos sujeitos para tal. A investigação foi direcionada aos aspectos táticos e técnicos abordados durante o semestre. Objetivo: Analisar se existiram diferenças na autopercepção de desempenho sobre conteúdos tático-técnicos do futsal, sem e com recurso de vídeo. Metodologia: Participaram 15 pessoas, 3 mulheres e 12 homens, 31 anos (mínimo 16 e máximo 56 anos). Como instrumento, foi utilizada filmagem para registrar o jogo e os participantes responderam um questionário online sobre a percepção de suas ações antes e após assistirem ao vídeo. As perguntas eram fechadas e as respostas foram categorizadas em: nenhuma vez; algumas vezes; a maioria das vezes e todas as vezes. Para comparar se houve diferença na percepção, os resultados foram organizados em frequência de ocorrência e foi utilizado o teste Qui-quadrado, considerando p<0,05, utilizando o software Jamovi (versão 2.5.6 para Windows) para as análises dos dados. Os consentimentos foram obtidos, os procedimentos éticos respeitados e seguiram a legislação vigente. Resultados: Foram observadas diferenças estatisticamente significativas para as variáveis analisadas neste estudo. Notamos que a manutenção do domínio de bola; a desmarcação durante a posse; impedir a progressão do adversário; perceber o gol antes de finalizar; foram superestimadas, isto é, a percepção foi maior antes das análises de vídeo e após se assistirem, houve uma reavaliação para valores menores. Somente “impedir finalização” foi subestimada, assim, após se assistirem, se perceberam mais eficientes. Conclusão: Após as análises foi possível identificar que a filmagem é uma ferramenta que auxilia na autopercepção de desempenho e facilita a estruturação de processos de aprendizagem que envolvam os participantes.