Resumo

A prática de atividade física regular e a prática esportiva são consideradas algumas das atividades importantes no processo de reabilitação de pessoas com deficiência física. O Rugby em Cadeira de Rodas (RCR), modalidade desenvolvida para pessoas com deficiência física no mínimo de 3 membros, desde sua criação passou por constante evolução, tendo seu sistema de classificação funcional, regras e métodos de treinamento. Como modalidade coletiva o RCR tem suas particularidades que devem ser consideradas, dentre elas o desempenho do metabolismo anaeróbio dos atletas, que é um dos determinantes para o sucesso nesse tipo de modalidade. No entanto, não foi encontrado na literatura internacional ou nacional consultada, valores de referência. Logo o objetivo deste trabalho é estabelecer uma referência sobre o perfil de desempenho anaeróbio de atletas de RCR, através da avaliação do Wingate Anaerobic Test (WAnT). Metodologia: Foram coletados os dados de Potência pico, média e % de Fadiga do Wingate Anaerobic Test de 10 atletas com lesão na medula espinhal, com cargas relativas a cada deficiência envolvida. Resultados: Foram encontrados para atletas da classe 0.5 valores de Ppico de 44,12 - 72,40 Watts (W), Pmédia de 27,16 - 54,78 W e %F de 46,88 - 77,29%. Para atletas 2.0 a Ppico encontrada foi de 208,22 - 248,11W, a Pmédia de 97,63 - 120,81W e o %F de 69,48 - 77,29%. Para os atletas 2.5 a Ppico de 214,93 - 272,70 W, a Pmédia de 156,49 - 170,54 W e o %F de 52,63 - 58,41%. O único atleta 3.0 avaliado apresentou Ppico de 327,83 W, Pmédia de 174,82 e %F de 69,08%. Conclusões: Os atletas avaliados têm níveis de potência pico e média próximos dos seus pares de classificação funcional, como constatado na literatura consultada, mas apresentaram valores maiores no %F, o que indica uma necessidade de treinamento da capacidade anaeróbia de trabalho. 

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