Resumo

Uma alternativa para os atletas de rugby é a recuperação pós-exercício que visa minimizar o risco de fadiga e otimizar o desempenho. No entanto ainda não há consenso sobre a eficácia das estratégias de recuperação. O objetivo do presente estudo foi avaliar a efetividade de diferentes estratégias de recuperação sobre o desempenho de atletas universitários de uma equipe de rugby union. Para isso foram conduzidos dois protocolos. O protocolo 1 analisou diferentes estratégias de recuperação sobre o desempenho agudo de atletas universitários de rugby union. Oito atletas (23 ± 4,72 anos; 87,46 ± 8,58 kg; 176,93 ± 4,49 cm), por meio de um delineamento crossover, foram acompanhados durante quatro coletas, utilizando as estratégias crioterapia (CWI), recuperação ativa (RA) e isquemia-reperfusão (IR). Foi analisado o desempenho físico (teste T de agilidade, saltos verticais contramovimento e saltos verticais contínuos de 30s) nos momentos: basal, após a realização de um protocolo de treino (PT) e imediatamente após as estratégias de recuperação (PR); e monitoramento da variabilidade da frequência cardíaca (VFC). A normalidade dos dados foi verificada pelo teste de Shapiro-Wilk. Para dados normais utilizou-se ANOVA one way para medidas repetidas entre as estratégias em cada momento e ANOVA two way para medidas repetidas para avaliar os diferentes momentos (Basal, PT e PR), com teste post hoc de Bonferroni quando apropriado. Para dados não normais utilizou-se o teste de Friedman e de Dunn quando necessário, com nível de significância de 5%. Os resultados demonstraram as estratégias de recuperação não foram efetivas na melhora do desempenho agudo dos atletas de uma equipe de rugby union (p>0,05). O protocolo 2 analisou a estratégia CWI sobre desempenho de atletas universitários de rugby union 12h após a sua utilização. Foram analisados seis atletas (20,5 ± 2,58 anos; 79,0 ± 9,17 Kg; 172,8 ± 4,73 cm), através de um delineamento crossover, acompanhados durante duas coletas, utilizando a CWI. Foram utilizados testes de desempenho nos momentos basal, PT, PR e 12h após, monitoramento da VFC e aplicação da Escala de Qualidade Total de Recuperação. A normalidade dos dados foi verificada pelo teste de Kolmogorov-Smirnov. Quando os dados se apresentaram normais, foi utilizada ANOVA one way para medidas repetidas avaliando as estratégias nos diferentes momentos (Basal, PT, PR, 12h após) e teste de post hoc de Bonferroni quando apropriado. Para dados não normais, foi utilizado teste de Friedman e Dunn
quando necessário. Para analisar a estratégia em cada momento, utilizou-se o Teste T Pareado para dados normais e o teste T de Wilcoxon Pareado para dados não normais com nível de significância de 5%. A CWI foi efetiva em recuperar o desempenho físico, a VFC e a percepção de recuperação dos atletas 12h após a sua utilização (p<0,05). Concluiu-se com os dois protocolos que as estratégias de recuperação não foram efetivas em melhorar o desempenho agudo de atletas universitários de rugby union. Entretanto, verificou-se que a estratégia CWI foi efetiva na recuperação do desempenho, da VFC e da percepção de recuperação dos atletas 12h após a sua utilização.

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