Resumo

Introdução: O basquete é um esporte que requer boa coordenação motora e movimentos intensos e multidirecionais. A instabilidade crônica de tornozelo acomete cerca de 40% dos pacientes que sofreram lesão por entorse. Visando minimizar os efeitos dessa disfunção, a fita atlética elástica vem sendo bastante usada por suas propriedades mecânicas, apresentando alguns efeitos positivos sobre o desempenho funcional dos atletas. Objetivo: Avaliar o efeito da fita atlética elástica no tornozelo de jogadores de basquete com e sem instabilidade crônica. Método: Foram avaliados 13 atletas de times de basquete universitário, de ambos os sexos, com idade entre 18 e 30 anos (23,2 ± 3,2 anos), que praticavam a modalidade há pelo menos um ano, com frequência de treino de, no mínimo, duas vezes por semana. Os sujeitos foram avaliados pelo teste de gaveta anterior quanto à presença ou não de instabilidade crônica de tornozelo em três situações distintas: com placebo, com fita atlética elástica e controle, e a ordem de uso dos implementos foi randomicamente determinada, sendo aplicado o Star Excursion Balance Test (SEBT) para avaliar a estabilidade do tornozelo desses atletas. Resultados: Entre as oito direções propostas no SEBT, houve significância estatística na diferença em três direções para o placebo, com relação à fita atlética elástica e o controle. Não houve significância estatística na diferença em quatro direções entre as avaliações e não houve significância estatística na diferença em todas as direções entre as avaliações controle e fita atlética elástica. Conclusão: A partir deste estudo, foi possível observar que a fita atlética elástica não tem efeitos positivos sobre a estabilização articular em atletas com e sem instabilidade crônica em termos da avaliação da funcionalidade. Nível de Evidência I; Estudo clínico randomizado de alta qualidade com ou sem diferença estatisticamente significante, mas com intervalos de confiança estreitos.

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