Resumo

A ingestão de líquidos é fundamental para manutenção de  respostas  fisiológicas nos  seres  humanos.  Quadros  de  desidratação  levam  a  alterações  fisiológicas  e  alteração  da  homeostase. No ambiente esportivo, a desidratação piora o rendimento do atleta; entretanto,  esse tema não é aprofundado especialmente no futebol de base.

Objetivo:  Avaliar  o  equilíbrio  hídrico  dos  atletas  de  futebol  da  categoria  pré-mirim  antes  e  durante uma sessão de treinamento.

Metodologia:  Foram  monitorizados  14  jovens  do  sexo  masculino  (idade:  11,5  ±  0,6  anos)  durante  uma sessão de treinamento de futebol com duração de 60 minutos.  Foram coletadas as variáveis peso  corporal  (kg) e gravidade específica de urina (g/ml) antes e após a sessão de treinamento, para avaliação do nível de desidratação, além da quantidade de água ingerida de forma ad libitum, o que permitiu calcular a perda hídrica em kg e %, absoluta e relativa.  Para a verificação  de  normalidade,  foi  utilizado  o  teste  Shapiro-Wilk,  e  os  dados  foram  analisados  através dos testes t de Student e t pareado (Média ± DP; α = 5%).

Resultados:  Foram observadas diferenças  na  gravidade específica da urina antes e depois da sessão de treinamento  –  antes: 1021,14 ± 5,69  (g/ml)  vs  depois: 1027,28 ± 5,62  (g/ml). Não foram encontradas diferenças entre peso inicial e final – peso inicial: 47,96 ± 11,22 (kg) vs peso final: 48,04 ± 11,11 (kg). A perda hídrica absoluta em % foi de 0,17 ± 0,49%, e a relativa, de -80 ± 200 ml.

Conclusões:  As  crianças  já  se  encontravam  em  estado  de  desidratação  antes  da  coleta  de dados, e o consumo de água  à  vontade não foi suficiente para reverter  à  situação.  Já a perda hídrica durante a atividade foi inferior aos valores críticos de 2%.

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