Resumo
Resumo: As modalidades esportivas coletivas apresentam caraterísticas específicas de movimentos devido à dinâmica de interação com os companheiros de equipe e com a equipe oponente. Durante uma partida, essas interações resultam em uma quantidade elevada de mudanças de direção bem como o deslocamento em diferentes trajetórias. Diversos estudos que avaliaram as mudanças de direção, mostram que a velocidade e frequência na qual ocorrem podem influenciar diretamente no aumento do esforço quando comparados a deslocamentos realizados em linha reta contínua. Contudo, a maior parte das pesquisas foram realizadas em ambiente laboratorial (esteira) ou em corrida circular atada, não refletindo a complexa dinâmica real de uma partida. Dessa forma o presente estudo visou determinar possíveis alterações no esforço entre a corrida retilínea e curvilínea realizada em praticantes de modalidade coletiva avaliados pela frequência cardíaca (média e pico), a medida não-linear da variabilidade da frequência cardíaca, concentração de lactato sanguínea, percepção subjetiva de esforço, volume de treinamento e carga interna. Os avaliados realizaram inicialmente um protocolo incremental shuttle run, para determinação do limiar anaeróbio. Em seguida percorreram três trajetórias distintas de 20 metros de distância, durante cinco minutos nos seguintes percursos: vai e vem em linha reta, vai-e-vem em formato de semicírculo (raio = 6,28 m); vai-e-vem em formato de círculo (raio = 3,18 m). Para as análises os voluntários foram separados em dois grupos de acordo com a sua capacidade aeróbia: Grupo 1 (G1) valores de limiar anaeróbio entre 9,0 km/h e 10,9 km/h e no Grupo 2 (G2) acima de 11 km/h. Os principais resultados apontam que a trajetória em círculo foi a que gerou o maior esforço dos voluntários, apresentando valores significativamente maiores (p<0,05) para a frequência cardíaca média e pico, concentração de lactato sanguíneo, percepção subjetiva de esforço e volume de treinamento. Quando comparamos os grupos de diferentes capacidades aeróbias o grupo G2 apresentou maiores taxas de percepção subjetiva de esforço e de carga interna do que o grupo G1 em todas as trajetórias avaliadas. Conclui-se que as condições de mudança de direção durante a trajetória curvilínea representam um aumento do esforço por parte do esportista
Citação: REZENDE, Tiago Marques de. Avaliação do esforço com mudanças de direção e trajetórias curvilíneas: uma abordagem experimental em praticantes de modalidades coletivas. 2019. 1 recurso online (82 p.). Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação Física, Campinas, SP.
