Resumo

O presente estudo teve como objetivo principal investigar uma possível mudança na detecção de RNAs não codificantes longos (lncRNAs) plasmáticos após um esforço máximo em atletas corredores de elite brasileiros. Participaram do estudo 13 sujeitos atletas de alto rendimento, sete do sexo masculino (idade: 27,7 ± 6,6 anos; peso: 59,1 ± 3,5 kg; estatura: 170,3 ± 6,0 cm) e seis atletas do sexo feminino (idade: 28,2 ± 5,0 anos; peso: 46,5 ± 2,8 kg; estatura: 158,8 ± 5,2 cm). Foi realizado um estudo transversal, com um teste de esforço máximo em esteira e uma coleta de amostra sanguínea antes e após o esforço máximo. O teste máximo foi conduzido em esteira rolante, com mensuração do consumo de oxigênio no analisador de gases. Para análise do plasma sanguíneo, utilizou-se o kit Human LncProfiler™ qPCR Array Kit. Os ciclos de amplificação foram realizados no termociclador StepOne Plus™ Real Time System. Foi observada diferença significativa em fatores antropométricos e fisiológicos, como percentual de gordura (mulheres atletas: 12,9 ± 2,5 %; homens atletas: 4,3 ± 1,3 % – p<0,01) e no consumo máximo de oxigênio (mulheres atletas: 65,3 ± 4,2 ml·kg-1 ·min-1 homens atletas: 76,2 ± 2,5 ml·kg-1 ·min-1 – p<0,01). Foram detectados em atletas do sexo masculino 24 lncRNAs em repouso e 22 lncRNAs apóso exercício. Adicionalmente, foram detectados em atletas do sexo feminino, 13 lncRNAs em repouso e 13 lncRNAs após o exercício. Através da análise multidimensional, foi observada tendência de separação entre os grupos e condições através da diferença no perfil de detecção dos lncRNAs. Concluímos que o exercício tem a capacidade de modular a detecção de lncRNAs, modificando agudamente esse perfil de detecção em atletas de sexos diferentes.

Acessar