Avaliação do Perfil Lipídico Sanguíneo de Atletas Corredores no Ensaio Ergoespirométrico de Bruce Utilizando Espectroscopia no Infrevermelho
Por Francielle Pasqualotti Meinhardt (Autor), Hildegard Hedwig Pohl (Autor), Miriam Beatris Reckziegel (Autor).
Em Cinergis v. 11, n 2, 2010. Da página 9 a 18
Resumo
Os constituintes do perfil lipídico compõem o sangue e são importantes marcadores bioquímicos de doenças cardiovasculares, que é reconhecida como grande causa de morbidade e mortalidade. Para um diagnóstico mais amplo das possíveis alterações do perfil lipídico se apresenta o método da espectroscopia no infravermelho (FTIR) que consiste de uma técnica analítica que envolve a identificação de misturas complexas. Este estudo tem como objetivo avaliar a aplicação da espectroscopia de infravermelho na obtenção de dados do perfil lipídico de atletas corredores. Trata-se de um estudo analítico observacional comparativo, tendo como método de referência os ensaios enzimáticos baseados na reação de Trinder, comparados à espectroscopia no infravermelho por reflectância difusa com Transformada de Fourier (DRIFTS), com auxílio das ferramentas quimiométricas de análise exploratória por agrupamento hierárquico (HCA) e análise preditiva por mínimos quadrados parciais (PLS) para previsão destes marcadores bioquímicos. Foram sujeitos 14 atletas da equipe de Atletismo da UNISC, de 18 a 30 anos, de ambos os sexos, avaliados em repouso e após o teste ergoespirométrico de Bruce. Os resultados apontam que, na avaliação de atletas, a técnica de infravermelho (DRIFTS) juntamente com o PLS, foi adequada para a construção de modelos de calibração e na definição da correlação entre testes bioquímicos padrões no perfil lipídico e na determinação pelo infravermelho. Nessa perspectiva, considera-se possível a utilização da FTIR na obtenção de dados que determina o perfil lipídico em amostras de sangue total em atletas.