Avaliação dos Efeitos da Prática de Ténis Numa População com Mais de 55 Anos
Por Carlos Manuel Araújo (Autor).
Em XI Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
Introdução: O Ténis tem vindo a tornar-se um desporto muito popular não só
pela repercussão que tem ao nível dos meios de comunicação social, mas
também pelo reconhecimento dos seus múltiplos benefícios físicos, fisiológicos,
sociais e psicológicos com claras repercussões na saúde e bem estar. Por isso,
cada vez mais praticantes veteranos estão a aderir à prática do Ténis. Objectivos:
Com este estudo experimental, procurámos avaliar os benefícios que a prática
do Ténis acarreta para uma população tendencialmente idosa. Quisemos
também analisar, em que medida, a modalidade desportiva Ténis, se pode
constituir como uma alternativa válida de prática de actividade física para uma
população com mais de 55 anos de idade, impedindo que os efeitos do
envelhecimento se acentuem. Métodos: Assim, fizemos a aplicação de um
programa de prática sistemática e orientada de Ténis para uma amostra de 13
indivíduos de ambos os sexos, divididos em 2 grupos de acordo com a sua
vontade. A aplicação desses exercícios foi feita em regime de esforço aeróbio,
com uma duração de 20 semanas e com uma frequência de 3 sessões semanais.
Ao grupo A, (N=6) foi requerido um índice mínimo de 80% de participação.
Ao grupo B, (N=7), com acesso ao mesmo programa, mas com uma frequência
irregular e não tão sistemática, exigiu-se uma participação em cerca de 50%.
Os procedimentos estatísticos utilizados incluíram a estatística descritiva, os
testes U de Mann-Whitney, o teste Wilcoxon. O nível de significância foi
mantido em p = 0,05. Resultados: Finalizado o programa e com os grupos
avaliados isoladamente, o grupo A mostrou um aumento em duas das quatro
variáveis relacionadas com a capacidade cardíaca, (Tempo de Teste e MET’s)
com diferenças estatisticamente significativas de M1 para M2, em ambos os
casos de p= 0,027. Por seu lado o grupo B apenas na variável "Tempo de
teste" registou uma diferença estatisticamente significativa no valor de p=0,046.
Nas variáveis relacionadas com a capacidade funcional o grupo A mostrou um
aumento em todas as variáveis nos três momentos de avaliação, enquanto o
grupo B registou diferenças estatisticamente significativas apenas nas três
variáveis directamente relacionadas com a especificidade da actividade. Quando
se comparou um grupo com o outro registaram-se diferenças estatisticamente
mais significativas, em três das variáveis da capacidade funcional.