Avaliação dos Hábitos de Atividade Física de Pacientes Após Cirurgia de Epilepsia
Por Adriana Leite (Autor), Fulvio Alexandre Scorza (Autor), Marly de Albuquerque (Autor), Arthur Cukiert (Autor), Cristine Baldauf (Autor), Meire Argentoni-baldochi (Autor), Carla Baise-zung (Autor), Ricardo Mario Arida (Autor).
Em Journal of Epilepsy and Clinical Neurophysiology v. 15, n 4, 2009. Da página 147 a 151
Resumo
OBJETIVOS: Estudos têm mostrado que pessoas com epilepsia apresentam um baixo grau de participação em atividades físicas. O objetivo deste estudo foi verificar os hábitos de atividade em pacientes após cirurgia de epilepsia utilizando um questionário. METODOLOGIA: A população estudada consistiu de 102 pacientes submetidos a cortiço-amigdalo-hipocampectomia. O questionário verificou a participação de atividades físicas antes e depois da cirurgia. Os pacientes foram classificados como ativos, inadequadamente ativos ou sedentários. O questionário foi aplicado antes da cirurgia e depois de um período médio de 47 meses da cirurgia.RESULTADOS: Quarenta e oito por cento dos pacientes participaram de atividades físicas antes da cirurgia e 56% deles após a cirurgia. Não foram observadas alterações significantes na participação de atividades físicas após a cirurgia. Ainda, a frequência de supervisão durante o exercício físico, aconselhamento por um médico, familiares ou amigos em não praticarem exercícios físicos ou atividades esportivas não alterou significantemente depois da cirurgia bem sucedida. Menos crises induzidas por exercício ocorreram no período pós-operatório. CONCLUSÃO: Dificuldades em se adaptarem a ausência de crises ou co-morbidades psicosocial e psiquiátrica podem ser fatores importantes que interferem nos hábitos de atividade física. Uma ação multidisciplinar poderia ser uma estratégia importante para tentar alterar alguns aspectos do estilo de vida destes pacientes após a cirurgia de epilepsia.