Resumo

INTRODUÇÃO: Apesar da prática da atividade física ser enfatizada na sociedade atual pelos benefícios que proporciona sobre a aptidão física e saúde, assim como naqueles com diferentes tipos de doenças, pessoas com epilepsia são frequentemente desencorajados e excluídos da participação de programas de atividade física, pelo medo de que a prática de atividade física possa desencadear ou piorar as crises epilépticas. Estigma e preconceito são fatores que contribuem para estas atitudes. Apesar de vários estudos na literatura mundial analisarem a relação entre a epilepsia e a atividade física, não existem estudos que avaliam o perfil da população adolescente quanto aos seus hábitos de atividade física. 
OBJETIVO: Neste sentido o objetivo deste estudo foi avaliar com um questionário, o grau de participação em atividades físicas de adolescentes com epilepsia do município de Toledo-PR. 
MATERIAL E MÉTODOS: Pacientes ambulatoriais adolescentes com epilepsia consultados pelo Consórcio (CISCOPAR) do município de Toledo-PR foram convidados a participar do estudo durante uma visita rotineira ao consultório do profissional médico que o atendia. Um questionário foi criado para avaliar os hábitos de atividades físicas. 
RESULTADOS: Todos os adolescentes relataram oportunidades de lazer. Oitenta por cento dos adolescentes participaram de atividades físicas, mas nem todos eles regularmente. Sessenta e nove por cento dos indivíduos em nosso estudo apresentaram crises durante o exercício físico e cinqüenta e dois por cento tem medo que o exercício possa causar crises. 
CONCLUSÃO: Apesar do pequeno número de indivíduos analisados neste estudo, nossos resultados mostram que a epilepsia exerce uma influência negativa nos hábitos de atividade física de adolescentes.

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