Resumo

Introdução: As mulheres mastectomizadas estão predispostas às complicações no ombro. Em virtude dos fenômenos relacionados com o desempenho funcional, a Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF) tem sido uma ferramenta que viabiliza inúmeras abordagens, em âmbito multidisciplinar, devido sua linguagem padrão e objetiva. Objetivo: Avaliar e classificar o desempenho funcional do ombro de mulheres mastectomizadas após terapia por exercício e reavaliar no mínimo quatro anos depois. Métodos: Para isso, foi realizado um estudo observacional prospectivo. Foram incluídas mulheres após a mastectomia associada à linfadenectomia axilar e que realizaram terapia por exercício. A amplitude de movimento do ombro foi avaliada por meio da fleximetria e o desempenho funcional foi avaliado pelo Shoulder Pain and Disability Index (SPADI) em seguida foi realizada a equivalência entre os qualificadores da CIF e a escala numérica do SPADI. Que foi aplicado na 1ª, 10ª sessão de atendimento e na reavaliação após no mínimo 4 anos. Resultados: Foram analisadas 58 pacientes, após 10 sessões de terapia por exercício, houve aumento significativo em todos planos de movimento, no entanto, houve regressão dos ganhos obtidos após no mínimo quatro anos. A classificação do desempenho funcional ao longo do tempo demonstra aumento da deficiência completa, principalmente, em itens relacionados a dor. Conclusão: O procedimento cirúrgico ao longo do tempo predispõe as mulheres a moderada deficiência até completa deficiência para realização das atividades cotidianas, bem como nas respostas relacionadas a dor. Ademais, demonstrou que a terapia por exercício é uma potencial ferramenta para a manutenção do desempenho funcional do ombro de mulheres mastectomizadas.

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