Resumo

O objetivo deste estudo foi verificar se a prática do exercício físico (natação), iniciada em diferentes momentos da prenhez de ratas diabéticas, promove alterações no metabolismo materno. Após confirmação do diabete, induzido por Streptozotocin, ratas Wistar foram acasaladas e randomizadas em três grupos (n = 13 ratas/grupo): não-praticante (G1) ou praticante de exercício desde o dia zero (G2) ou sétimo dia (G3) de prenhez. O exercício consistiu de um programa de natação com intensidade moderada. Durante a prenhez, glicemia e peso corpóreo foram avaliados semanalmente. No final da prenhez, as ratas foram anestesiadas e dessangradas para obtenção de amostras de sangue para determinação de proteínas totais, triglicérides, colesterol total e VLDL-colesterol. Fígado e músculo foram coletados para dosagem de glicogênio hepático e muscular, respectivamente. Independente do momento em que foi iniciado, o exercício não alterou os níveis glicêmicos, a evolução do peso corpóreo e as concentrações de proteínas totais e glicogênio hepático e muscular. Porém, a natação iniciada no sétimo dia de prenhez diminuiu as taxas de triglicérides (G1 = 369,10 ± 31,91mg/dL; G2 = 343,32 ± 162,12mg/dL; G3 = 212,35 ± 70,32mg/dL), colesterol total (G1 = 176,48 ± 28,25mg/dL; G2 = 141,33 ± 19,77mg/dL; G3 = 129,86 ± 33,16mg/dL) e VLDL (G1 = 64,92 ± 24,41mg/dL; G2 = 63,54 ± 28,31mg/dL; G3 = 42,53 ± 14,12mg/dL) comparando com o grupo G1. Apesar de não se comprovar a influência do exercício físico sobre os níveis glicêmicos maternos, a prática diária de natação a partir do sétimo dia de prenhez mostrou-se benéfica para o perfil lipídico de ratas diabéticas. Esse resultado reforça a validade da associação da atividade física regular à dieta e insulina na gestação complicada pelo diabete.

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