Resumo

INTRODUÇÃO: Os esforços de atletas de futebol são caracterizados como um processo repetitivo e sistemático, em que as ações motoras exigidas durante os jogos promovem consecutivas sobrecargas capazes de modificar a função e organização do tecido muscular e expor os indivíduos ao risco de lesões.
OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi investigar e analisar as variáveis fisiológicas tardias após uma partida de futebol como parâmetro de prevenção de lesão.
MÉTODOS: A amostra foi composta por 10 atletas de futebol profissional (idade 26,4 ± 4,7 anos; estatura 178,5 ± 5,7 cm; massa corporal 77,3kg ± 7,5 kg; % de gordura 10,2 ± 3,2 %) sem históricos de lesões no momento da intervenção. Durante a partida oficial todos os atletas foram monitorados por um equipamento de global position system (GPS) com acelerômetro para mensuração do volume e intensidade do jogo. Durante os períodos de 24h e 48h pós-partida foram realizadas a análise bioquímica de creatina quinase (CK), análise de condutância da pele (SC) e as avaliações psicométricas através de um questionário de saúde e qualidade de vida. A ANOVA seguido dopost hoc de Tukey foi utilizada como analise comparativa entre os valores: basais x 24h x 48h. RESULTADOS: As concentrações de CK mostraram-se significativamente elevadas em 24h e 48h pós-partida quando comparada ao momento basal (p<0,0004). Por outro lado, o momento 48h apresentou redução significativa em relação às concentrações plasmáticas de 24h (p<0,0004). A SC apresentou diferença significativa apenas basal Vs. 24h pós-partida (p<0,0001). Em relação aos valores do questionário psicométrico foi observado aumento da percepção de dor muscular, fadiga e qualidade de sono em 24h e 48h pós-partida quando comparado aos valores basais. Contudo, a qualidade do sono apresentou diferença significativa quando comparado 24h vs. 48h (p<0,05). Dados expostos na tabela 1.
CONCLUSÃO: Portanto, conclui-se primeiramente que a avaliação fisiológica pós-partida não pode se basear apenas em um método. Além disso, foi observado que o período de 48h pós-partida não se mostra suficiente para uma recuperação plena dos atletas de futebol profissional.

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