Avaliação Isocinética em Atletas da Seleção Brasileira de Futebol de 5
Por Luis Felipe Castelli Correia de Campos (Autor), João Paulo Borin (Autor), Luiz Gustavo Teixeira Fabricio dos Santo (Autor), Thiago Mattos Frota de Souza (Autor), Vivian Maria dos Santos Paranhos (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 21, n 3, 2015. Da página 220 a 224
Resumo
introdução: A força muscular (FM) dos membros inferiores é um dos principais componentes exigidos para as ações específicas durante a prática do futebol de 5 e, quando apresentam níveis insuficientes, desequilíbrios bilaterais elevados ou acentuada diferença na razão agonista/antagonista (RAA) são fatores que contribuem para o desenvolvimento de lesões musculoesqueléticas. Objetivo: A proposta deste estudo foi avaliar os níveis de torque máximo, a diferença bilateral na produção de força e a razão convencional das musculaturas flexoras e extensoras do joelho em diferentes velocidades de execução. Métodos: Participaram do estudo 11 atletas deficientes visuais. Os atletas foram submetidos à avaliação antropométrica para determinação da composição corporal e submetidos à avaliação com dinamômetro isocinético para a mensuração dos níveis de desequilíbrio muscular e razão convencional. Resultados: Nos movimentos concêntricos da musculatura flexora foram observadas diferenças significativas no pico de torque (PT ) entre os membros dominante (MD) e não dominante (MND) na velocidade de 60°.s-1e 180°.s-1 , no pico de torque normalizado (PTN) a 60°.s -1 e na velocidade de 180°.s -1 para os músculos extensores. Na RAA, observou-se diferença significativa entre MD e MND, e níveis aceitáveis de RAA em ambas as pernas, de acordo com o proposto para o futebol convencional. Conclusão: Espera-se que os resultados do presente estudo possam contribuir para os processos de prevenção, treinamento e reabilitação de atleta de futebol de 5, como também, servirem como parâmetros para futuros estudos.