Avaliação Isocinética no Joelho do Atleta
Por Antonio Sérgio A.p. Terreri (Autor), Júlia M.d. Greve (Autor), Marco M. Amatuzzi (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 7, n 2, 2001.
Resumo
A avaliação isocinética tem sido usada nas últimas três décadas como método para se determinar o padrão funcional da força e do equilíbrio muscular. No nosso meio cresceu nos últimos 10 anos. É possível quantificar valores absolutos do torque, do trabalho e da potência de grupos musculares, bem como valores relativos, ou seja, da proporção agonista/antagonista de tais grupos. Outro recurso valioso consiste em ser método auxiliar na reabilitação das lesões esportivas. O exame é realizado com velocidade angular constante e predeterminada, seja lenta, intermediária e/ou rápida. O joelho é a articulação em que se observa maior aplicação e estudos isocinéticos. Na prática esportiva, temos por um lado a importância da proporção do equilíbrio muscular agonista/antagonista, ou seja, do equilíbrio flexor/extensor representado, respectivamente, pelos isquiotibiais/quadríceps. De outro, a comparação dos valores absolutos da função muscular entre os lados direito e esquerdo, quer seja para o quadríceps, ou para os isquiotibiais. Resultados alterados estão relacionados, geralmente, às lesões esportivas ou suas seqüelas. De interesse para o atleta e para a equipe multidisciplinar é poder dispor de um método de avaliação funcional muscular objetivo e seguro, que forneça dados confiáveis e reprodutíveis. Aspecto relevante reside no fato do resultado do teste isocinético poder ser útil nos critérios de retorno à atividade esportiva pós-lesão.