Avaliação da Marcha em Indivíduos com Síndrome de Down
Por Marinei Lopes Pedralli (Autor), Gustavo Henrique Schelle (Autor).
Em Brazilian Journal of Biomotricity v. 7, n 1, 2013. Da página 21 a 27
Resumo
Este estudo objetivou avaliar as variáveis lineares da marcha em indivíduos com Síndrome de Down (SD). Participaram da pesquisa nove sujeitos SD, com média de idade de 25,4±13,5. Para a coleta dos dados foi utilizado o método do papel carbono. Os dados foram analisados de forma quantitativa, através da estatística descritiva e o Coeficiente de Correlação de Spearman, tendo como intervalo de confiança 95%. O estudo apresentou média do comprimento do passo e passada de 46cm±6,8 e 92,9cm±13,7, respectivamente. A cadência da marcha apresentou valor de 1,9±0,19 passos/segundo. A velocidade média foi de 0,75±2,6m/s. A base de apoio apresentou-se em 8,6±2,9cm. Para angulação do pé, foi encontrada média de 4,9±8,1º. Observou-se uma correlação entre a variável idade com as variáveis massa corporal, estatura e IMC (r=0,847). Constatou-se que quanto maior for o comprimento do passo, maior será o comprimento da passada (r=0,991) e menor será o tempo e o número de passos efetuados (p=0,815). Além disso, os dados apresentados evidenciaram uma correlação entre o ângulo do pé e o número de passos (r=0,806), e ainda, constatou-se que a cadência da marcha e os números de passos exercem forte influência em relação ao tempo (r=0,816). Constatou-se que o padrão de marcha dos indivíduos com SD difere do padrão de marcha dos indivíduos sem SD, e que a combinação das características físicas dos indivíduos com SD condicionam uma marcha adaptada. Sugerem-se mais estudos sobre o tema abordado, a fim de criar parâmetros para futuras intervenções.