Resumo

O salto vertical é inerente à prática do voleibol e demanda grande capacidade de geração de força e trabalho da musculatura envolvida, principalmente do músculo quadríceps. Devido a esta demanda, desequilíbrios entre os músculos extensores e flexores podem estar presentes, levando à sobrecarga das estruturas musculotendíneas da articulação do joelho. Sendo assim, torna-se necessário o estabelecimento de parâmetros de função muscular relacionados a esta articulação em atletas de voleibol. Portanto o objetivo do presente estudo foi avaliar, através de dinamometria isocinética, torque máximo, trabalho máximo, razão agonista/antagonista e índice de fadiga de flexores e extensores de joelho em duas categorias do voleibol. Os testes isocinéticos de flexão e extensão do joelho foram realizados no modo concêntrico-concêntrico, na posição sentada, nas velocidades de 60 e 300º/s em 36 atletas (20 da categoria Infanto-Juvenil e 16 da Juvenil). Os dados possibilitaram estabelecer parâmetros de função muscular da articulação do joelho em atletas das Seleções Brasileiras Infanto-Juvenil e Juvenil de Voleibol Masculino do ano de 2003. Estes atletas apresentaram valores de torque máximo e trabalho máximo normalizados pela massa corporal para quadríceps superiores às médias da população de atletas e não-atletas. Quando comparadas as categorias, os atletas juvenis apresentaram significativamente valores maiores de razão agonista/antagonista e trabalho máximo de flexores de joelhos na velocidade de 60°/s. Além disso, a razão agonista/antagonista foi inferior ao valor de referência esperado em ambas as categorias, caracterizando a predominância da musculatura extensora sobre a flexora. O índice de fadiga encontra-se próximo ao esperado para a maior parte dos atletas. O presente estudo pode servir de base para comparações em futuros estudos que avaliem a função muscular isocinética de atletas de voleibol.

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