Avaliação, prescrição e recomendações para o exercício físico

Parte de Manual de atividade física adaptada para pessoas com dificuldade intelectual e desenvolvimental . páginas 10 - 13

Resumo

No âmbito da análise de políticas nacionais sobre atividade física e comportamento sedentário, envolvendo 76 países, constatou-se que cerca de 40% (ex., Áustria, Reino Unido, Estados Unidos da América) já inclui o termo pessoa com deficiência nas recomendações nacionais de prática de atividade física59. As orientações para a prescrição de exercício físico específico para as pessoas com DID são ainda escassas e generalistas, apesar de ser consensual a necessidade de proceder a adaptações em função das características específicas da pessoa ao nível intelectual e das comorbilidades associadas. As evidências reforçam que a tendência para índices inferiores na qualidade de vida parecem não depender tanto das limitações inerentes ao diagnóstico, mas antes do desalinhamento entre necessidades e apoios25. Um destes apoios é a atividade física que nos últimos anos tem sido reconhecido como um determinante significativo na saúde psicológica e física também na vida das pessoas com DID, dada a tendência para a comorbilidade com outras questões de saúde complexas associada à toma crónica polifarmacológica (e.g., medicação psicotrópica) que por sua vez, se relaciona com maiores riscos de saúde como obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares.