Resumo

Os objetivos deste estudo foram avaliar e comparar as qualidades físicas e as habilidades específicas de atletas de handebol, do sexo masculino, na faixa etária de 16 a 18 anos, em nível de seleção estadual; verificar o grau de associação entre os testes relacionados; oferecer aos técnicos, professores e dirigentes de equipes de handebol parâmetro de comparação entre os resultados obtidos nesse estudo com os de suas equipes, possibilitando melhor planejamento no trabalho físico e técnico de jogadores. A amostra foi composta por 93 atletas voluntários, de diversos Estados brasileiros, que participaram dos Jogos Escolares Brasileiros - JEB’s de 1985, e do V Campeonato Brasileiro de Handebol Masculino Juvenil - 1986. Os atletas foram avaliados através de uma bateria de testes, relacionados em função das qualidades físicas e das habilidades inerentes ao handebol, realizada durante o período dos campeonatos, sendo que cada um foi submetido aos testes uma única vez. Os resultados foram interpretados por meio de estatística descritiva, obtendo as seguintes informações: média, mediana, moda, amplitude e desvio padrão. Para avaliar o grau de associação entre os testes físicos e de habilidades, calcularam-se os coeficientes de correlação, e a significância dos coeficientes de correlação foi avaliada pelo teste t de Student, a 5% de probabilidade. Os atletas foram divididos em duas categorias (GRUPO A e GRUPO B), em função do desempenho no somatório dos testes de habilidades específicas do handebol. Foi aplicada a tabela Sigma, para padronizar os resultados dos testes de habilidades específicas. O grupo que obteve melhor desempenho no somatório dos testes de habilidades específicas, GRUPO A, foi dividido em dois subgrupos: SUBGRUPO A1, formado pela metade superior do número de atletas integrantes do GRUPO A, e o SUBGRUPO A2, contendo a outra metade dos atletas do GRUPO A. Obtiveram-se a média e o desvio padrão dos resultados encontrados em cada teste, observando que os atletas do SUBGRUPO A1 tiveram melhores resultados em todos os testes da bateria, exceto nos testes de impulsão horizontal e de agilidade. Os testes que apresentaram maior coeficiente de correlação foram os de precisão de arremesso e de precisão de passe. Pode-se predizer que os testes que mais discriminam atletas de handebol são os de precisão de arremesso e de precisão de passe, e que os testes de impulsão horizontal e de agilidade não discriminam o bom atleta do melhor.

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