Bailarinas Experientes Apresentam Baixo Aproveitamento do Ciclo Alongamento Encurtamento e Produção de Força Explosiva
Por Henrique Miguel (Autor), Gildiney Penaves de Alencar (Autor), Matheus Picco Palácios de Andrade (Autor), Emily Menezes Lauxen (Autor).
Em Pulsar v. 12, n 1, 2020. Da página 22 a 32
Resumo
O ballet vem sofrendo uma crescente demanda de performance física, especialmente da capacidade de força. A partir disso, o objetivo deste estudo foi analisar o aproveitamento do ciclo alongamento encurtamento (CAE) e o perfil de força explosiva, bem como, estabelecer valores normativos para o desempenho de força explosiva em bailarinas experientes. Para isso, foi aplicada uma bateria de testes motores composta por Squat Jump (SJ), Countermovement Jump (CMJ), Countermovement Jump com os pés em primeira posição (CMJA) e Saltos Múltiplos (SM) e calculado o Índice de Eficiência (IE) nos SM em uma amostra composta por 35 bailarinas com idade de 16,6 ± 4,82 anos e tempo de prática de 8,17 ± 3,83 anos. Foram calculadas as diferenças percentuais entre os saltos verticais e aplicada a ANOVA one way e o teste de correlação de Pearson entre os testes, além de uma análise descritiva com divisão de quartis. O valor de significância adotado foi p<0,05. Não houve diferença significativa entre SJ, CMJ e CMJA, porém, houve forte correlação. O Número de Saltos Múltiplos (NS) apresentou correlação negativa baixa com SJ (r= -0,44; p=0,01) e CMJ (r= -0,45; p= 0,01), moderada com CMJA (r= -0,58; p= 0,00*) e alta com IE (r= -0,77; p=0,00). A correlação entre IE e SJ (r= 0,48; p= 0,00), CMJ (r= 0,34; p= 0,05) e CMJA (r= 0,51; p= 0,00) foi moderada à baixa. O estudo estabeleceu dados normativos para o desempenho de força explosiva e concluiu que as bailarinas possuem baixo rendimento de força explosiva em relação a outras modalidades e baixa eficiência de saltos executados em sequência.