Resumo

Intervenções para promoção da saúde têm sido aplicadas em diversos contextos da sociedade. O local de trabalho, devido a suas peculiaridades comportamentais e ambientais, tem grande potencial a ser explorado. Uma dessas intervenções no local de trabalho é o Programa de Ginástica Laboral. O objetivo do estudo foi descrever as barreiras e facilitadores autorreferidos por trabalhadores participantes e não participantes de um programa de atividade física no local de trabalho. Foram randomizados 20 setores dos 65 que participam do PGL de uma comunidade universitária de Londrina-PR, Brasil; 334 trabalhadores, dos quais 151 (45,11 ± 10,22 anos) trabalhadores participavam e 183 trabalhadores (43,61 ± 9,38 anos) não participavam. Um questionário foi aplicado nos trabalhadores desses setores, o qual abordava as razões para participar ou não participar do exercício físico no local de trabalho. Os principais facilitadores estavam relacionados à possibilidade de melhorar a saúde (76,16% dos trabalhadores) e por aumentar a disposição para o trabalho (55,63% dos trabalhadores). As principais barreiras ocorreram pelo fato dos trabalhadores não gostarem da intervenção (19,67% dos trabalhadores) e falta de tempo (18,78% dos trabalhadores). Pôde-se concluir que os achados neste estudo ajudam a replanejar as intervenções com exercício físico no local de trabalho. Essa prática ocupacional deve buscar reduzir as barreiras (por exemplo: disponibilizar tempo no trabalho para o exercício) e promover os fatores que facilitam a adesão a esse programa. 

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