Barreiras para a prática de atividade física e fatores associados em pacientes com hipertensão arterial
Por Juliana Cavestré Coneglian (Autor), Guilherme Tadeu de Barcelos (Autor), Thiago Pereira Ventura (Autor), Janara Antunes Moraes (Autor), Ana Carolina Araújo Carvalho (Autor), Giulia Pereira Cavalheiro (Autor), Ademilson Rogério Ferreira (Autor), Aline Mendes Gerage (Autor).
Em Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v. 26, 2024.
Resumo
A identificação de barreiras à atividade física regular (AF) é uma forma de estratégia inicial e eficaz para encorajar a modificação do comportamento e a adesão a um estilo de vida mais ativo em pacientes hipertensivos. Este estudo transversal visou identificar as barreiras à prática de AF em pacientes com hipertensão classificados como fisicamente inativos e analisar a associação do número destas barreiras com fatores sociodemográficos e indicadores de saúde. Duzentos e um pacientes hipertensos de ambos os sexos (61.7±12.7 anos) responderam a uma anamnese com informações de saúde e dados sociodemográficos, um questionário de nível de AF, e um questionário de barreira para a prática de AF. Relativamente ao nível de AF dos participantes, 48,8% foram classificados como fisicamente inativos e reportaram, em média, 6,1 (±3,8) barreiras à prática de AF, sendo a barreira “medo de cair ou de se magoar” a mais frequentemente reportada. Além disso, mulheres e pacientes com baixa educação, percepção negativa da saúde, e uma maior presença de comorbidades reportaram um maior número de barreiras à prática de AF. A prática de AF como ferramenta não farmacológica para o tratamento da hipertensão deve ter como foco mulheres e pacientes com baixa escolaridade, percepção negativa de saúde e maior presença de comorbidades associadas.