Barreiras para prática de atividade física e fatores associados em professores da rede pública – estudo epidemiológico transversal
Por Diego Giulliano Destro Christofaro (Autor), Jorge Mota (Autor), Jefferson Souza (Autor), Diego Augusto Santos Silva (Autor), Romulo Araújo Fernandes (Autor), Leandro Dragueta Delfino (Autor), Fernanda Caroline Staquecini Gil (Autor), William Rodrigues Tebar (Autor).
Em Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício (RBFex) v. 21, n 2, 2022.
Resumo
Professores apresentam elevada prevalência de níveis insuficientes de atividade física (AF). No entanto, as barreiras para a prática de AF nesta população e fatores associados ainda não são estabelecidos na literatura. Objetivo: Descrever as barreiras para AF e identificar fatores associados em professores da rede pública de ensino. Métodos: A amostra foi composta por 246 professores (45,2 ± 10,4 anos, 76% mulheres). As barreiras para AF, condição socioeconômica, jornada de trabalho e nível habitual de atividade física foram avaliados por questionário. O nível de AF de acordo com cada barreira foi comparado pela análise de variância e a associação entre barreiras e categorias das variáveis independentes foi analisada por regressão logística binária. Resultados: A falta de tempo (FT) e a preguiça, cansaço ou desânimo (PCD) foram as barreiras mais reportadas pelos professores (36,2% e 35,0%, respectivamente). Professores obesos foram mais propensos a reportar PCD (OR = 2,34, p < 0,05) e menos propensos a não reportar nenhuma barreira (OR = 0,07, p < 0,05), quando comparados com professores de peso normal. Professores que trabalhavam entre 21-30 horas/semana foram mais propensos a reportar PCD comparados aos que trabalhavam por até 20 horas/semana (OR = 4,12, p < 0,05). Professores com níveis de AF moderado a baixo no tempo livre e na prática esportiva foram mais propensos a reportar PCD (OR = 2,53, p < 0,05 e OR = 2,29, p < 0,05; respectivamente). Conclusão: A FT e PCD foram as barreiras mais frequentemente reportadas por professores, sendo a PCD associada com obesidade, maior jornada de trabalho e menores níveis de AF no tempo livre e na prática esportiva.