Barreiras Percebidas ? Atividade Física de Lazer na População Brasileira
Por Cassiano Ricardo Rech (Autor), Edina Maria de Camargo (Autor), Pablo Antonio Bertasso de Araujo (Autor), Mathias Roberto Loch (Autor), Rodrigo Siqueira Reis (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 24, n 4, 2018. 6 Páginas. Da página 303 a 309
Resumo
Este estudo teve como objetivo sintetizar e analisar evidências científicas sobre as barreiras percebidas para atividade física (AF) no lazer da população brasileira. Foram revisadas as bases de periódicos Lilacs, SciELO, PubMed, Science Direct e Web of Science e analisados o número de relatos de cada barreira para AF, agrupada de acordo com o nível de determinantes do modelo socioecológico (intrapessoal, interpessoal e ambiental). Foram encontrados 25 estudos (11 em adolescentes, oito em adultos e seis em idosos), totalizando 62.678 relatos de barreiras para AF. Os estudos foram conduzidos nas regiões Sul (n=15), Sudeste (n=7), Nordeste (n=2) e um estudo ainda incluiu diferentes regiões do Brasil. No geral, cerca de sete em cada 10 relatos de barreiras para AF foram relacionadas com o nível intrapessoal. Adultos e idosos apresentaram maior proporção de relatos intrapessoais (84,8% e 74,0%; respectivamente), quando comparado com adolescente (47,8%). Ainda são escassos estudos com idosos, crianças e nas populações das regiões Centro-Oeste e Norte do País. As barreiras para AF mais reportadas entre os adolescentes foram falta de companhia, falta de apoio social da família e amigos, clima inadequado e baixo acesso a locais para AF. Em adultos a falta de motivação e a falta de tempo foram as barreiras com maior relato e, em idosos, a falta de motivação e diagnóstico de doença ou limitação física. Programas de promoção de AF necessitam levar em conta as diferentes barreiras para a AF, pois essas se mostram específicas aos grupos etários. Nível de Evidência II; Revisão Sistemática de Estudos de Nível II.