Barreiras Percebidas Para o Deslocamento Ativo Para a Escola Entre os Adolescentes de Curitiba, Brasil
Por Leonardo Augusto Becker (Autor), Rogério César Fermino (Autor), Alex Vieira Lima (Autor), Cassiano Ricardo Rech (Autor), Ciro Rome Lio Rodriguez Añez (Autor), Rodrigo Siqueira Reis (Autor).
Em Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde - RBAFS v. 22, n 1, 2017.
Resumo
O objetivo desse estudo foi analisar a associação entre as barreiras percebidas para o deslocamento ativo com a forma de deslocamento para a escola em adolescentes de Curitiba, Brasil. Foram entrevis-tados 741 adolescentes com idade entre 11-18 anos em seis escolas (três públicas e três privadas). A percepção de barreiras para o des-locamento ativo para escola foi avaliado por uma escala com 17 itens. O deslocamento ativo para escola foi considerado quando o adolescente relatou ir ou voltar da escola caminhando ou andando de bicicleta em ao menos um dia na semana. A associação foi tes-tada com a regressão de Poisson e o nível de significância mantido em 5%. A prevalência de deslocamento ativo foi de 42,9% (50,0% meninos e 37,2% meninas p<0,001). Para os meninos, as barreiras associadas com o deslocamento ativo foram: “Morar longe da escola” (RP: 0,71; IC95%: 0,60-0,86), identificar o “Percurso como chato” (RP: 1,30; IC95%: 1,04-1,62) e “Muito tráfego” (RP: 1,27; IC95%: 1,04-1,56). Para as meninas, perceber que é “Mais fácil ir de carro/ônibus” (RP: 0,70; IC95%: 0,56-0,88) e envolver “Muito planeja-mento” (RP: 0,60; IC95%: 0,42-0,86) foram associadas ao desloca-mento ativo. Barreiras ambientais e psicológicas apresentaram-se as-sociadas com deslocamento ativo para a escola entre adolescentes. Os esforços para promover o deslocamento ativo devem considerar ações específicas a cada sexo. Proporcionar rotas seguras e organizar ativi-dades em grupo para as meninas e indicar rotas mais rápidas podem ser maneiras de aumentar esse comportamento em adolescentes