Resumo
Entenda
O basquete em cadeira de rodas é, em muitos aspectos, como a modalidade convencional que o originou. O objetivo é acertar a bola na cesta e, desta maneira, pontuar. Para isto, a equipe com a posse de bola deve realizar uma jogada tentando pontuar em até 24 segundos. Caso não o faça neste intervalo de tempo, a posse de bola é alterada, ou seja, passa à equipe adversária.
Outras similaridades entre as duas são: as medidas da quadra e da altura da cesta, o sistema de pontuação, a quantidade de faltas permitidas sem a cobrança de lances livres, a quantidade de jogadores em quadra, a duração da partida e as técnicas de arremesso, passe e finta.
As principais diferenças encontradas entre o basquete e a modalidade em cadeira de rodas são a forma de locomoção e a quem se destina. A primeira ocorre, obviamente, por meio de um veículo adaptado, a cadeira de rodas. A segunda, os praticantes são pessoas com diferentes níveis de comprometimento físico-motor. Dentre as causas das deficiências as principais são: paraplegia, espinha bífida, amputações, apoplexia, paralisia cerebral, esclerose múltipla e acidentes (a maioria, originada por choques de veículos automotores ou atropelamentos).
Devido à variedade de comprometimentos é necessária uma classificação dos atletas para que não ocorram desigualdades entre as equipes e o jogo seja mais justo. Cada atleta, assim, recebe uma pontuação de acordo com o nível de sua deficiência. Os mais comprometidos recebem pontuação menor, os menos, consequentemente, maior. Essa numeração vai de 1.0 a 4.5. Somando as classificações de cada atleta, em quadra, obtém-se um valor total para a equipe que não pode exceder 14 pontos.
Ainda em relação à locomoção dos jogadores, embora seja individualizada, existem alguns padrões que precisam ser seguidos: devem possuir dois pneus traseiros de, no máximo, 66 cm de espessura; cada roda traseira deve possuir um suporte para as mãos; podem existir um ou dois pneus frontais; a altura do assento não deve ser superior à 53 cm; a altura do apoio dos pés deve ser de até 11 cm; e no caso da preferência pelo uso de almofada, esta deve ter no máximo 5 cm (atletas 3.5,4.0 ou 4.5) ou 10 cm (atletas 1.0, 1.5, 2.0, 2.5, 3.0) de espessura, dependendo da classificação do atleta.
Uma situação característica do basquete em cadeira de rodas e que ocasiona dúvida nos espectadores é quando ocorre a queda de um jogador. Neste caso, o árbitro não deverá parar o jogo – a menos que o atleta tenha se lesionado – e este deverá levantar sozinho e continuar jogando. Embora tal situação possa parecer desconfortável, os atletas em geral relatam gostar da fisicalidade do basquete que predispõe a situações como esta.
Assim, em síntese, é o basquete em cadeira de rodas. Começou como uma forma de reabilitação e recreação para pessoas com comprometimento de membros inferiores, mas, atualmente, é um dos esportes mais populares dentre as modalidades paraolímpicas.