Bauman, Zygmunt (2007). Tempos Líquidos. Rio de Janeiro: Zahar
Por Carlos Eduardo Rafael de Andrade Ferrari (Autor), Rodrigo Portal Peixoto (Autor), Nathalia Gaspar Perestrello de Menezes (Autor), Carlos Eduardo Vaz Lopes (Autor).
Em Revista Intercontinental de Gestão Desportiva v. 5, n 1, 2015. Da página 89 a 98
Resumo
Antes de iniciarmos nossas considerações a respeito da obra Zygmunt Bauman, verificamos a necessidade de uma aproximação que acreditamos ser relevante. A nosso ver, a expressão “Deriva” está para Sennett (1998), como “Incerteza” está para Bauman (2007). O mesmo pode ser percebido nos termos: “Flexível” de Sennett; “Líquido” de Bauman; “Risco” de Sennett; “Medo” de Bauman, em equivalência. Mesmo tendo o conhecimento de que a obra de Richard Sennett é antecessora a de Zygmunt Bauman, observamos certa semelhança entre os conceitos, as terminologias e como os autores visualizam o tempo e suas dimensões em meio à contemporaneidade.
Pode-se dizer que as obras se equivalem. Porém, diferentemente de Sennett, Bauman descortina seus pensamentos à luz das grandes metrópoles, de personagens reais e, extraordinariamente, nos apresenta números e informes alarmantes. Nesse caso, “Tempos líquidos” é um livro que foi dividido em cinco capítulos, onde o sociólogo polonês deixa transparecer toda sua sensibilidade no momento em que inicia suas analogias entrando corajosamente no viveiro das incertezas. “Entrando corajosamente no viveiro das incertezas” é a titulação introdutória da obra de Zygmunt Bauman, momento esse que pode ser considerado o compêndio do livro, o alicerce das reflexões, isto é, a justaposição de uma obra que tem a violência e a insegurança – generalizadas – como trama principal.