Resumo

Antes de iniciarmos nossas considerações a respeito da obra Zygmunt Bauman, verificamos a necessidade de uma aproximação que acreditamos ser relevante. A nosso ver, a expressão “Deriva” está para Sennett (1998), como “Incerteza” está para Bauman (2007). O mesmo pode ser percebido nos termos: “Flexível” de Sennett; “Líquido” de Bauman; “Risco” de Sennett; “Medo” de Bauman, em equivalência. Mesmo tendo o conhecimento de que a obra de Richard Sennett é antecessora a de Zygmunt Bauman, observamos certa semelhança entre os conceitos, as terminologias e como os autores visualizam o tempo e suas dimensões em meio à contemporaneidade.

Pode-se dizer que as obras se equivalem. Porém, diferentemente de Sennett, Bauman descortina seus pensamentos à luz das grandes metrópoles, de personagens reais e, extraordinariamente, nos apresenta números e informes alarmantes.  Nesse caso, “Tempos líquidos” é um livro que foi dividido em cinco capítulos, onde o sociólogo polonês deixa transparecer toda sua sensibilidade no momento em que inicia suas analogias entrando corajosamente no viveiro das incertezas.  “Entrando corajosamente no viveiro das incertezas” é a titulação introdutória da obra de Zygmunt Bauman, momento esse que pode ser considerado o compêndio do livro, o alicerce das reflexões, isto é, a justaposição de uma obra que tem a violência e a insegurança – generalizadas – como trama principal.

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