Resumo

O objetivo desta revisão está pautado numa breve discussão dos mecanismos que envolvem as exigências energéticas num treinamento com pesos de alta intensidade, e conseqüentes processos metabólicos envolvidos na recuperação dos tecidos musculares, e qual seria a possível participação dos BCAAs nestes processos, já que a nutrição pré e pós-treino na musculação têm sido considerada tão importante ou mais do que o próprio treinamento, e que as recomendações de uso dos rótulos de suplementos disponíveis no mercado encontram-se baseadas neste tipo de procedimento nutricional. A grande valia do BCAA estaria associada a situações de extenuância no exercício, independente do tipo de exigência metabólica: oxidativa ou glicolítica, às quais os aminoácidos contribuiriam com sua característica plasmática livre, poupando ou recuperando reservas energéticas, evitando a diminuição da "performance" do exercício, e/ou o catabolismo do tecido muscular. Estudos revelam que em musculação, não há nenhuma base para se usar a suplementação, pois as dosagens disponíveis nos suplementos seriam muito baixas. Apesar da ausência de evidências científicas a favor, é visto que as características de um treino de alta intensidade exigem estratégias que .supercompensem. o organismo a fim de vencer a homeostase no sentido de que, através da aplicação de princípios de treinamento como o da sobrecarga e da adaptação, haja benefícios para ganhos de massa muscular. Dessa forma, e de maneira ainda empírica, poder-se-ia creditar valor a suplementação de BCAA, na perspectiva de novos estudos que revelem sua mais valia em contextos passíveis de generalização para humanos em atividade extenuante.