Resumo

Há mais de dois mil anos, aproximadamente no sexto século a.C., Esopo celebremente atribuiria à Formiga – não à Cigarra – a posição moral por excelência em relação a quais atividades se dedicar, posição que se capilarizou e se constitui como moral por excelência nas sociedades democráticas modernas (Lopez Frias, 2019). Pensando na distinção entre atividades instrumentais e não instrumentais, o trabalho centra-se na figura de Bernard Suits, considerado por muitos o filósofo mais influente na reflexão sobre o Jogo (game) (Kretchmar & Torres, 2013; Devine & Lopez Frias, 2020). O objetivo geral deste trabalho é “analisar criticamente o “jogo” presente na literatura brasileira dentro da área da Educação Física sob as lentes do filósofo norte-americano Bernard Suits e suas três vias teóricas como alternativas para os campos das atividades lúdicas e do lazer”. Sua influência se deriva, especialmente, de sua distinção entre dois fenômenos, comumente associados sob o mesmo termo na língua portuguesa, a saber, o “jogo”. Suits distingue Jogo (game) do jogar e/ou brincar (play), o que demonstra sua originalidade frente a autores consagrados dentro do campo da Educação Física nas temáticas das atividades lúdicas e do lazer (Suits, 1978). O presente projeto visa fornecer elementos básicos para a incorporação da obra de Suits na literatura da Educação Física brasileira, re-acessando a produção na área, analisando criticamente a obra de Suits e oferecendo fundamentos teóricos para a construção de sua terceira via interpretativa, a saber, a de Suits como um teórico do lazer.

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