Biomecânica da dança de salão: adaptações corporativas com diferentes calçados
Por Jerusa Petróvna Resende Lara (Autor), André Luiz Félix Rodacki (Autor), Karini Borges dos Santos (Autor), Laís dos Santos Saraiva do Pilar (Autor).
Em Journal of Physical Education (Até 2016 Revista da Educação Física - UEM) v. 31, n 1, 2020.
Resumo
O objetivo deste estudo foi comparar a amplitude articular, a angulação da coluna e o deslocamento do centro de massa durante a execução do samba de gafieira com e sem salto alto em diferentes velocidades. Além disso, foi testada a reprodutibilidade do movimento. Quinze bailarinos experientes executaram uma sequência de passos de samba de gafieira nas condições: salto alto (7,5cm) e sapatilhas em duas velocidades de acordo com a batida da música (72 e 96bpm). A análise cinemática foi realizada no sistema Vicon® com 11 câmeras (100 Hz). Vinte e um marcadores reflexivos foram posicionados sobre o corpo dos participantes para cálculo do centro de massa e ângulos articulares dos membros inferiores e coluna vertebral. A reprodutibilidade foi determinada pelo coeficiente de correlação intraclasse e a comparação entre condições foi testada por Análise de Variância Two-way, com os fatores calçado e velocidade. Os resultados indicaram reprodutibilidade moderada a muito alta em todas as variáveis analisadas. Não foram encontradas diferenças entre curvatura lombar, torácica e deslocamento do centro de massa. Não houve interação entre os tipos de calçado e a velocidade de execução do passo, mas analisando os principais fatores, houve diminuição do ângulo de plantiflexão do tornozelo esquerdo com o aumento da velocidade. Os ângulos do tornozelo apresentaram diminuição significativa na condição rasteirinha quando comparado ao salto alto. Conclui-se que o salto alto não altera a curvatura lombar, o deslocamento do centro de massa e a amplitude articular do joelho e do quadril na execução do samba de gafieira.