Resumo

Eventos como os Jogos Paralímpicos deixam uma série de legados nas sociedades que as sediam. Não seria diferente quando se trata do desenvolvimento do conhecimento científico associado, em especial a biomecânica do esporte.

Objetivo:

Investigar a produção científica brasileira produzida em biomecânica no esporte paralímpico no ciclo que antecedeu e sucedeu os Jogos Paralímpicos Rio 2016, além de fornecer insights para novos estudos.

Métodos:

Foram realizadas buscas na Plataforma Lattes, sendo habilitados os filtros “Assunto” e “Doutores”, com as palavras-chave “Paralímpico” e “Paralympic”. Ao todo, foram encontrados 723 autores que publicaram artigo(s) relacionado(s) com o tema. Após acessar os currículos, os artigos foram triados e identificados, resultando em 37 artigos que preencheram todos os critérios de inclusão.

Resultados:

Os resultados mostram que a) Após Londres-2012, o Brasil tem aumentado o número de publicações; b) Grande parte das produções (87%) são oriundas de Instituições Públicas, c) Após Rio-2016 houve uma maior participação de outras regiões do Brasil na produção do conhecimento na área, d) Apesar do Brasil ser referência em algumas modalidades coletivas, modalidades individuais como o powerlifting e o atletismo, são as mais pesquisadas, e) Mulheres ainda são minoria, tanto como participantes das pesquisas quanto na autoria das publicações, f) As produções atingem elevados extratos de qualidade, g) As técnicas de pesquisa em biomecânica mais utilizadas foram a cinemática e dinamometria.

Conclusão:

A biomecânica no esporte paralímpico tem se valido do legado gerado pelas paralimpíadas Rio-2016. Como desafios futuros para os pesquisadores, destacam-se: manutenção da qualidade das produções, ampliação dos estudos para as modalidades coletivas, aumento da participação de outros entes federados na produção do conhecimento na área, promoção de uma maior equidade de gênero e incorporação de novas técnicas de pesquisa em biomecânica. Nível de Evidência II; Estudo de Revisão.

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