Biomecânica da Estabilidade Articular
Por João M.c.s. Abrantes (Autor).
Em XI Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
No IV Congresso de Ciências do Desporto e de Educação ísica, Coimbra (GABRIEL & ABRANTES, 1995) considerámos a importância particular que a Estabilidade Articular tem sobre o onhecimento do caminhar enquanto padrão motor (GABRIEL & ABRANTES, 1999, 2001) mais tarde, qual o potencial contributo de um odelo da rigidez para a tarefa de saltitar (hoping) (FERNANDES & ABRANTES 2003b). No X Congresso de Ciências do Desporto e de Educação ísica, Porto iniciamos a apresentação de uma ferramenta que nos ossibilite relacionar o comportamento do momento de força associado om a posição angular da articulação do tornozelo com a stabilidade articular usando como critério as fases de produção e de bsorção de energia mecânica. Hoje o nosso objectivo é propor que os olegas aceitem a continuação do mesmo trabalho. De facto, o comportamento de produção e absorção de potência em ualquer articulação implica um desenvolvimento de fases de ontracção muscular predominantemente concêntrica alternadas com ases de contracção muscular excêntrica. Esta abordagem associa, or um lado, que o trabalho muscular é acentuadamente isotónico e que, por outro lado, o investigador apenas toma em conta o comportamento, ao longo do tempo, do momento de força esultante e a posição angular intersegmentar associada. Este esultado final é estudado como o resultado de um controlo sobre, simplificando, o grupo muscular agonista e o grupo muscular antagonista ue actua sobre a articulação em estudo. O executante, no entanto, ão está a controlar "mais" os agonistas ou os antagonistas. O xecutante está a controlar o deslocamento intersegmentar de acordo com seu objectivo motor, ou se quisermos, o executante não pensa m músculos, pensa em deslocamentos. Portanto, adapta tanto quanto possível a velocidade angular ao objectivo motor de acordo com a percepção que tem das informações que recebe dos lementos estruturais e funcionais em presença (elementos passivos activos da articulação) e da sua localização no espaço. Esta apacidade de percepção sobre os elementos em presença não é linear, depende da informação que é disponibilizada sobre características desses elementos mas, fundamentalmente, da capacidade do istema nervoso as integrar e emitir ordens de controlo efectivas, eficazes e se possível, eficientes. Por exemplo, uma velocidade angular intersegmentar nula pode não ser o objectivo do executante mas o resultado e uma enorme e incontrolável espasticidade muscular. Há uma norme rigidez mas não se apresenta adaptada ao objectivo otor. No limite, o registo poderá ser o de um momento de força nulo orque as forças agonista e antagonista se anulam e, portanto, uma velocidade angular nula. O inverso poderá surgir. Definido o bjectivo como velocidade angular intersegmentar nula o executante pode não controlar convenientemente a relação intersegmentar avendo um desequilíbrio agonista e antagonista.