Resumo

Como o título bem indica, este artigo é uma mistura de relato e ensaio interpretativo sobre a partida semifinal da Copa do Mundo de futebol de 1970 entre a seleção brasileira e a uruguaia, cujo resultado foi a vitória do Brasil por 3 a 1. Mas ele é também a tentativa de restituir detalhadamente, por meio de uma partida decisiva e difícil, não somente a maneira de jogar de uma equipe habilidosa e criativa no meio de campo e no ataque (dando destaque a um jogador taticamente importante, mas às vezes menos lembrado do que Pelé, Jairzinho ou Gérson, que é o Tostão, e à sua destreza ímpar nos passes), mas de restituir também o modo como no futebol os momentos ou as situações de uma partida podem mudar repentina e imprevisivelmente, demandando assim dos jogadores (além do preparo físico e da essencial vontade de ganhar) uma atenção à variação dos momentos e às chances únicas e decisivas.

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