Brincadeiras africanas e afro-brasileiras

Por Alessandro Marques Da Cruz (Autor).

Parte de Escrevivências da educação física cultural - Vol. 4 . páginas 33 - 57

Resumo

A experiência pedagógica foi realizada na CEMEIEF Maria Tarcilla Fornasaro Melli, localizada na cidade de Osasco, com as turmas do fundamental I, teve a duração de um ano e o nosso desafio foi tematizar o lúdico em diferentes culturas, ou seja, o lúdico como produção cultural de diferentes grupos sociais, uma homenagem a Johan Huizinga. Em nosso planejamento inicial, a ideia era partirmos do repertório cultural dos estudantes identificando a sua cultura local reconhecendo, valorizando e vivenciando as suas atividades lúdicas, os seus jogos, brincadeiras, lutas, danças e ampliando para outras culturas, territórios e produções culturais como as de matrizes indígenas, africanas e afro brasileiras. Nós tínhamos um grande desafio pela frente, pois sabíamos da importância de trazer para o currículo escolar as manifestações culturais pertencentes aos grupos que historicamente foram colocados às margens da sociedade e fora dos espaços escolares por não pertencerem à uma cultura hegemônica. O currículo cultural colocado em ação ao tematizar as manifestações culturais pertencentes a esses grupos minoritários abre possibilidades de equilibrarmos e praticarmos a justiça curricular favorecendo a diversidade cultural e o multiculturalismo. Nós acreditamos que esses povos e suas produções culturais não devem mais ser colocados à margem da sociedade, das políticas públicas e muito menos dos nossos currículos escolares precisamos caminharmos para além das datas comemorativas e festivas.