Corpo e Cultura na Escola: Propostas de Interculturalidade Crítica em Projetos Educacionais

Parte de Corpo e Cultura . páginas 157

Resumo

Diante do desafi o de entender como a escola tem interpretado a proposta do currículo intercultural crítico, este trabalho se propõe a dis-cutir, analisar e apresentar experiências na área da Educação Física que apontem caminhos para avanços do trabalho pedagógico nas instituições nesta perspectiva. Compreende-se que as normas institucionais são constituídas de modo que, mesmo aceitando currículos críticos e emancipatórios, mante-nham os interesses de mercado em suas concepções fundantes. Nos séculos XIX, XX e ainda no século XXI, as instituições escolares se voltaram para o monoculturalismo e monolinguismo para fazer uma integração assimila-dora de Estado-nação. Muitas culturas foram silenciadas e, para amenizar críticas, criaram-se leis que defi nem direitos à diferença, sem, no entanto, cobrar algo aos que mantêm diferença de direitos. Sem dúvida, a escola deve preparar as novas gerações para serem incorporadas ao mercado de trabalho, com participação no sistema de produção e consumo. Porém, é necessário que esses cidadãos sejam críticos, com a noção de que os seres humanos são interdependentes e que necessitam uns dos outros.