Editora CRV. Brasil 2020. 428 páginas.

Sobre

Inquietudes Indefensáveis Todos os goleiros do mundo sonham com a possibilidade da invencibilidade eterna. Sendo bem realista, imaginem se fosse possível ao menos conseguir ficar uma temporada inteira jogando em alto nível sem que sua meta seja vencida. Se tal fato fosse possível, fatalmente sua equipe venceria tudo o que disputasse, e por consequência todos os prêmios individuais da posição ficariam com ele. É claro que essa questão de um cenário perfeito é fictícia, mas todo o goleiro tenta ao máximo chegar perto dessa situação. Minha inquietude se inicia quando me pergunto como conseguir que um goleiro chegue o mais perto possível desse estado de perfeição. A técnica perfeita, conceitos bem definidos e muito treinamento específico realmente fazem ou não diferença no resultado final de um todo? Será que o goleiro deixa de ser bom goleiro se alguns dos 03 itens citados no parágrafo acima divergirem de sua capacidade de absorção de informação ou qualidade individual? Se pensarmos que de um lado da quadra temos um goleiro mais técnico e do outro um goleiro tecnicamente inferior, podemos afirmar que existe alguma vantagem entre ambos durante o decorrer do jogo? É possível cravar quem vai ser mais decisivo numa partida? Afinal, o importante para o goleiro não é fazer com que a bola não ultrapasse a sua meta, independente do jeito que seja? Se juntarmos todas as essas perguntas é possível perceber que o assunto do goleiro é complexo e extenso. É claro que discutir técnica, gestos e treinamentos complementares é sempre um bom tema. Essas variadas opções ajudam muito, aliás, foram criadas para facilitar a vida do goleiro e melhorar sua performance, mas também não podemos desprezar o goleiro que defende a bola sem tantos recursos, ambos podem ser bem efetivos em seus propósitos, e podem sim, cada um na sua maneira levar vantagem sobre o outro.