Campeões Mundiais: a Europa e a Epígrafe da Colonização Esportiva

Este artigo analisa a riqueza de emoções e significados que o futebol desperta em todo o mundo e o sentimento coletivo de pertencimento projetado em uma seleção nacional de futebol. Identidades esportivas em uma análise diacrônica dos três títulos mundiais conquistados pela seleção argentina impregnada pelo desenvolvimento de um estilo de jogo baseado no drible, travessuras e bom trato com a bola. A ruptura da ordem constitucional em 1955 naquele país e o famoso mito da modernização ocidental que ganhou força na recente Copa do Mundo no Catar 2022, com permanente discurso eurocêntrico e descrédito em relação ao título obtido pelo país sul-americano. Com Leonel Messi, em plena maturidade como indivíduo e jogador, o enorme talento do drible manifestou-se neste recente Mundial, associado ao desempenho de toda a equipa, explícito no toque fino e bom tratamento de bola, conseguindo um expressou equilíbrio na filosofia do jogo ofensivo, bem como no caráter, malícia e boa aparência. Alcançando assim nas arquibancadas e na população em geral, uma imensa alegria e diversão, justamente quando as esperanças em outras esferas sociais se esvaem.

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