Canionismo

Parte de Atlas do Esporte no Brasil . páginas 437 - 438

Resumo

Evidências apontam que as formas mais rudimentares de Canyoneering ou Canyoning (como é mais conhecido na Europa) existem desde tempos pré-históricos quando povos habitavam os canyons (vales profundos com encostas íngremes e freqüentemente com uma corrente d’água fluindo através deles) em diversas partes do mundo. O canyoning pode ser definido como “exploração esportiva de cânions/canyons, rios em garganta ou desfiladeiros”, na qual o praticante deve seguir o curso traçado pelas águas. A exploração de canyons, desfiladeiros e rios em garganta é uma atividade desenvolvida em ambiente vertical e aquático, com domínio das técnicas de progressão com uso de cordas (tiroleza e rapel). Para driblar as adversidades e obstáculos de longos percursos como cachoeiras, tobogãs, trechos inundados e espremidos entre paredes escarpadas, faz-se necessário também o domínio das técnicas das águas brancas (rafting e canoagem), assim como noções de caminhada (water-trek), natação em corredeiras (floating), saltos, slides (tobogãs), escalada e rapel. Oriundo da espeleologia e do montanhismo, apenas há duas décadas começaram a ser desenvolvidas técnicas e equipamentos próprios para o canionismo. Sua forma competitiva, organizada por encontros, conquistas e expedições, está mais voltada para as regras de jogos cooperados onde a união e a desenvoltura da equipe contam pontos em provas baseadas em regularidades. Para sua prática é necessário o acompanhamento de orientadores experientes, além do respeito ao meio ambiente e sua conservação. O Cascading, também conhecido como “rapel em cachoeiras”, é um tipo de “canyoning pontual”, praticado numa só queda d’água com várias repetições de descida e não requer maiores preocupações com outras técnicas de progressão. Caving, oriundo da espeleologia (vide explicação em quadro adiante), é também conhecido no Brasil como cavernismo, ou simplesmente “exploração de cavernas”. Se os espeleólogos estudam a vida e a geologia no interior da terra, os praticantes do caving ficam com a parte esportiva e exploração onde são utilizadas técnicas de descida e subida em corda, transpondo rios subterrâneos, passando por condutos apertados em ambientes com total ausência de luz. Além dos equipamentos especiais como calças e blusas de fibras sintéticas, entre outros, a carbureteira é imprescindível como fonte de luz.

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