Capacidade de Estabilização Pélvica em Nadadores de Diferentes Estilos
Por Juliana Alves de Andrade (Autor), Thiago Ribeiro Teles dos Santos (Autor), Luciano Sales Prado (Autor), Sérgio Teixeira da Fonseca (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 21, n 2, 2015. Da página 89 a 94
Resumo
Introdução: os estilos de nado com movimentos alternados ou simultâneos dos membros superiores podem gerar demandas diferentes sobre os músculos lombopélvicos. A avaliação do alinhamento pélvico no plano transverso contribui para a compreensão da influência dessas diferentes demandas decorrentes do nado sobre a estabilidade pélvica. Objetivos: investigar o efeito do treinamento de estilos com braçadas alternadas ou com braçadas simultâneas sobre a estabilização pélvica no plano transverso. Métodos: foram avaliados 113 nadadores, 63 praticantes de braçada alternada e 50 de braçada simultânea, por meio do teste da ponte com extensão unilateral do joelho. A magnitude e assimetria de queda pélvica foram quantificadas por meio de programa de análise de movimento. O teste de Mann-Whitney foi utilizado para verificar diferenças na assimetria de queda pélvica entre atletas que praticavam braçada alternada e simultânea em cada repetição do teste. A ANOVA com desenho misto foi realizada para investigar diferenças na magnitude de queda pélvica entre repetições considerando a braçada praticada. Resultados: a assimetria de queda pélvica não apresentou diferença entre grupos em nenhuma repetição. A magnitude de queda pélvica foi maior na terceira repetição (15,96 ± 7,18º) do que na primeira (15,13 ± 7,52º) e segunda (15,16 ± 7,35º) em todos os nadadores. Os praticantes de braçada alternada apresentaram maior magnitude de queda pélvica do que os de braçada simultânea (16,46 ± 7,38º versus 14,13 ± 7,08º). Conclusão: o tipo de braçada praticada não influencia a assimetria do alinhamento pélvico no plano transverso. Entretanto, a magnitude de queda pélvica foi maior na terceira repetição e em praticantes de braçada alternada.