Capacidade Física e Neuromotora Entre Escolares Submetidos à Educação Física Escolar
Por Gislei da Silva Pimentel (Autor), Rafael Felipe Cardoso (Autor), Iransé Oliveira Silva (Autor), Danilo Leandro dos Santos (Autor), Jairo Teixeira Júnior (Autor), Maria Helena de Souza Santana (Autor), Thiago Nunes da Silva (Autor), Fábio Santana (Autor).
Em 40º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
Introdução: Nos últimos anos, em grande parte do Brasil, a Educação Física Escolar vem perdendo espaço e reduzindo sua carga horária de aulas semanais, o que pode ser considerado por muitos, um problema a longo prazo. Pois, com a modernização que está presente na sociedade, crianças e adolescentes vem diminuindo seu nível de atividade física e consequentemente, esta escolha pode trazer complicações em um futuro próximo e com ela, o surgimento precoce de problemas relacionados a doenças crônicas degenerativas. Entre elas podemos destacar, o desenvolvimento de sobrepeso e obesidade, que pode trazer inúmeros prejuízos nos jovens de hoje e complicações deletérias para sua vida na fase adulta. Objetivo: Desta forma, temos como objetivo, avaliar algumas variáveis físicas e motoras entre escolares submetidos à aulas de Educação Física Escolar em uma escola da rede pública de Anápolis/GO. Métodos: Da população da respectiva escola municipal, foi extraída de forma aleatória uma amostra composta por (n = 172) escolares, sendo: 93 do sexo masculino e 79 do sexo feminino. A idade média do grupo foi de (12,215 ± 0,95 anos), inseridos nas aulas de Educação Física Escolar realizada duas vezes por semana com 50 minutos cada intervenção. Para avaliação do grupo, foi aplicado os seguintes protocolos de testes: Flexibilidade - Banco de Wells; Força de Membros Superiores - Medicine Ball; Força de Membros Inferiores - Salto Horizontal; Agilidade - Teste do Quadrado. Os testes foram aplicados pré e pós intervenção de 16 semanas. As aulas de Educação Física seguiram o Planejamento Político Pedagógico do Ensino Fundamental. Para análise dos dados, foi aplicado um teste "t" de Student, adotando o valor de (p ≤ 0,05) como significância. Resultados: Como resultado, obtivemos os seguintes valores pré e pós intervenção respectivamente: Flexibilidade (23,01 ± 7,17 para 24,22 ± 6,89 cm); Medicine Ball (2,136 ± 0,63 para 2,286 ± 0,67 cm); Salto Horizontal (1,438 ± 0,28 para 1,447 ± 0,30 cm) e Agilidade (7,073 ± 0,82 para 6,983 ± 0,79 segundos). Ou seja, observando os valores absolutos, percebe-se que houve uma alteração entre eles, porém, sem diferença significativa. Conclusão: Desta forma, concluímos que as aulas de Educação Física Escolar com duas intervenções semanais, não são suficientes para promover a melhora que este público necessita. No entanto, deixamos a necessidade da realização de novos estudos, a fim de contribuir com a comunidade acadêmica e científica, além de despertar uma reflexão crítica em relação a limitação que a Educação Física está recebendo no âmbito escolar.