Resumo

Introdução: Nos últimos anos, em grande parte do Brasil, a Educação Física Escolar vem perdendo espaço e reduzindo sua carga horária de aulas semanais, o que pode ser considerado por muitos, um problema a longo prazo. Pois, com a modernização que está presente na sociedade, crianças e adolescentes vem diminuindo seu nível de atividade física e consequentemente, esta escolha pode trazer complicações em um futuro próximo e com ela, o surgimento precoce de problemas relacionados a doenças crônicas degenerativas. Entre elas podemos destacar, o desenvolvimento de sobrepeso e obesidade, que pode trazer inúmeros prejuízos nos jovens de hoje e complicações deletérias para sua vida na fase adulta. Objetivo: Desta forma, temos como objetivo, avaliar algumas variáveis físicas e motoras entre escolares submetidos à aulas de Educação Física Escolar em uma escola da rede pública de Anápolis/GO. Métodos: Da população da respectiva escola municipal, foi extraída de forma aleatória uma amostra composta por (n = 172) escolares, sendo: 93 do sexo masculino e 79 do sexo feminino. A idade média do grupo foi de (12,215 ± 0,95 anos), inseridos nas aulas de Educação Física Escolar realizada duas vezes por semana com 50 minutos cada intervenção. Para avaliação do grupo, foi aplicado os seguintes protocolos de testes: Flexibilidade - Banco de Wells; Força de Membros Superiores - Medicine Ball; Força de Membros Inferiores - Salto Horizontal; Agilidade - Teste do Quadrado. Os testes foram aplicados pré e pós intervenção de 16 semanas. As aulas de Educação Física seguiram o Planejamento Político Pedagógico do Ensino Fundamental. Para análise dos dados, foi aplicado um teste "t" de Student, adotando o valor de (p ≤ 0,05) como significância. Resultados: Como resultado, obtivemos os seguintes valores pré e pós intervenção respectivamente: Flexibilidade (23,01 ± 7,17 para 24,22 ± 6,89 cm); Medicine Ball (2,136 ± 0,63 para 2,286 ± 0,67 cm); Salto Horizontal (1,438 ± 0,28 para 1,447 ± 0,30 cm) e Agilidade (7,073 ± 0,82 para 6,983 ± 0,79 segundos). Ou seja, observando os valores absolutos, percebe-se que houve uma alteração entre eles, porém, sem diferença significativa. Conclusão: Desta forma, concluímos que as aulas de Educação Física Escolar com duas intervenções semanais, não são suficientes para promover a melhora que este público necessita. No entanto, deixamos a necessidade da realização de novos estudos, a fim de contribuir com a comunidade acadêmica e científica, além de despertar uma reflexão crítica em relação a limitação que a Educação Física está recebendo no âmbito escolar.

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