Capacidade Funcional em Pacientes com Doença Renal Crônica Submetidos Ao Programa de Exercício Físico Supervisionado
Por Marifran Tomé Batista Junior (Autor), Paulo Soares Lima (Autor), Alexandre Soares de Campos (Autor), Cyntia Sousa Corrêa (Autor), Alessandra de Magalhães Campos Garcia (Autor).
Em 40º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
INTRODUÇÃO: A doença renal crônica (DRC) proporciona diversas consequências que, juntamente com o sedentarismo, são responsáveis pela diminuição da capacidade funcional nesta população. Esta redução parece estar associada com o alto risco de mortalidade, hospitalização e morbidade em pacientes com DRC. Para tanto, evidências apontam que o programa de exercício físico supervisionado (PEFS) é capaz de reduzir os agravos ocasionados pela DRC, devido à melhora da capacidade funcional, aptidão aeróbia, pressão arterial, força muscular e qualidade de vida desta população. OBJETIVO: Avaliar os efeitos do programa de exercício físico supervisionado sobre a capacidade funcional de pacientes com doença renal crônica.
MATERIAIS E MÉTODOS: Participaram do estudo 12 pacientes com DRC em estágios 3 e 4, de ambos os sexos, atendidos no Centro de Prevenção de Doenças Renais do Hospital Universitário da UFMA no período de maio a dezembro de 2016. Para inclusão no PEFS, todos os participantes realizaram avaliação física contendo anamnese, medidas antropométricas e teste de caminhada de 6 minutos (TC6) para avaliação da capacidade funcional. Para determinação do nível de atividade física, os participantes responderam ao questionário internacional do nível de atividade física (IPAQ). Após o período de 6 meses de participação no PEFS, os participantes foram submetidos à reavaliação. O protocolo de treinamento foi composto por duas a três sessões por semana de treinamento combinado com duração de 90 minutos. Todos os participantes da pesquisa assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE). Foi realizado o teste t de student para medidas pareadas, adotado nível de significância p<0,05 e utilizado o programa estatístico GraphPad Prism 7.0 para Windows. Esta pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética em pesquisa (696.827/2014). RESULTADOS: O grupo (5♀ e 7♂, 55.25 ± 13.33 anos) apresentou homogeneidade quanto à idade (p>0.05) e quanto ao nível de atividade física (sedentário). Após a participação no PEFS, os participantes apresentaram melhoras tanto da capacidade funcional quanto do VO2pico (p<0.001), mesmo sem alterações do IMC (p>0.05). Na tabela 1 são apresentados os resultados do estudo de maneira detalhada. CONCLUSÃO: Os achados desse estudo sugerem que pacientes com DRC nos estágios 3 e 4, quando submetidos ao PEFS proposto, melhoraram sua capacidade funcional e aeróbia, devido, principalmente, à melhora do nível de atividade física. Portanto, para essa população, o PEFS pode auxiliar no retardamento da progressão da DRC como alternativa terapêutica não-farmacológica.