Capacidade Funcional na Escoliose Idiopática do Adolescente no Período Pós-operatório
Por Geferson da Silva Araujo (Autor), Evandro Fornias Sperandio (Autor), Jaqueline de Mesquita Freira (Autor), Alberto Ofenhejm Gotfryd (Autor), Marcos de Toledo Filho (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 25, n 2, 2019.
Resumo
Introdução:Pacientes com escoliose idiopática do adolescente (EIA) têm capacidade de exercício reduzida durante o Incremental Shuttle Walk Test (ISWT). No entanto, não sabemos como os pacientes se comportam no período pós-operatório tardio (POT).Objetivo:O objetivo deste estudo foi avaliar a distância do ISWT (ISWTD) e as respostas fisiológicas durante o teste em pacientes com EIA no período POT.Métodos:Foram incluídos 22 pacientes com EIA no período POT (GCi) e 21 adolescentes no Grupo Controle (GCo). Avaliamos a função pulmonar (CVF e VEF1). Durante o ISWT, foi utilizado um analisador de gases para avaliar o pico de oxigênio (VO2) e as relações submáximas: eficiência da captação de oxigênio (OUES) e o padrão de respiração (ΔVC/ΔlnVE).Resultados:Valores significativos mais baixos foram observados no GCi: VO2 (22 ± 5 vs. 27 ± 4), ISWTD (567 ± 94 vs. 604 ± 86), CVF (2,70 ± 0,47 vs. 3,33 ± 0,52) e VEF1 (2,41 ± 0,46 vs. 2,84 ± 0,52). Houve correlações significativas entre ISWTD e VO2/Kg (r = 0,80); entre OUES e ΔVC/ΔlnVE (r = 0,65) e entre a curva torácica principal com VO2/Kg (r = −0,61).Conclusão:Os pacientes com EIA no período POT tiveram redução significante da capacidade de exercício associada à função pulmonar reduzida, curva residual na coluna vertebral e descondicionamento cardiovascular. Nível de Evidência III; Estudos Prognósticos - Investigação do efeito de característica de um paciente sobre o desfecho da doença