Resumo

Os sprints se caracterizam como um tipo de deslocamento muito utilizado por jogadores de futebol, ao quais dependem fundamentalmente de variaveis fisiologicas e podem estar correlacionadas ao desempenho da potencia muscular, capacidade fisica de vital importancia para atletas desta modalidade. Objetivo: analisar a potencia muscular e a capacidade de sprints repetidos (CSR) em jogadores de futebol profissional. Metodo: participaram deste estudo 20 jogadores de futebol profissional com idades de 19 e 20 anos, do sexo masculino. Antes de iniciarem a coleta de dados, os atletas foram esclarecidos sobre os objetivos do estudo e posteriormente assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os dados foram coletados em quatro momentos, junto ao complexo esportivo e no campo de futebol do Centro de Desportos (CDS) da UFSC, organizados da seguinte maneira: primeiro, os jogadores realizaram medidas inerentes a avaliacao antropometrica (massa corporal, estatura e dobras cutaneas); segundo, foi realizado o salto vertical - Continuos Jump (CJ), o qual consistiu na execucao continua de 3 saltos com contra-movimento para analise da potencia muscular; terceiro, foi realizado o teste de campo RAST, com protocolo que consiste em efetuar seis sprints maximos de 35 m com 10 s de pausa passiva. Foi registrado o tempo em cada um dos sprints e no quarto momento o CJ foi repetido. Foi utilizada estatistica descritiva para a apresentacao dos dados. Para verificar se houve diferenca nos niveis de potencia antes e apos os sprints repetidos utilizou-se o teste #gt#h de Student. Para verificar as correlacoes entre os sprints e a potencia muscular utilizou-se correlacao linear de Pearson. O nivel de significancia foi de p.0,05. Resultados: nao foi verificada diferenca significativa nos niveis de potencia muscular mensurados antes e depois da realizacao dos sprints (t=0,58; p=0,57). Entre os tempos dos 6 sprints encontraran-se diferencas significativas (F=122,8; p<0,001), exceto entre o 5 e o 6 (p=0,06). Foi encontrada correlacao significativa entre a altura no CJ obtida antes da realizacao dos sprints (Ha) e o tempo do primeiro sprint (T1) (r=-0,62; p=0,01); entre a Ha e tempo medio nos sprints (TM) (r=-0,58; p=0,01); entre Ha e o melhor tempo nos sprints (MT) (r=-0,60; p=0,01) e entre o TM e o MT nos sprints (r=0,95; p=0,01). Nao foi encontrada correlacao significativa entre a altura no CJ depois dos sprints (Hd) e o tempo do sexto sprint (T6) (r=-0,43; p=0,06). Conclusoes: os futebolistas deste estudo foram capazes de manter os niveis de potencia muscular apos a realizacao dos sprints; a performance nos sprints repetidos sofreu uma queda significativa ate o quinto sprint, sendo mantida no ultimo; por fim, a performance nos sprints esteve relacionada com os niveis de potencia.

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