Capacidade Vital e Ventilação Voluntária Máxima de Jogadores de Rugby em Cadeira de Rodas: Resultados Preliminares
Por Juliana V. Paris (Autor).
Integra
Introdução: Segundo a literatura, a lesão medular além de promover distúrbios físicos e sensoriais, resulta em função pulmonar anormal.
Objetivo: Avaliar a capacidade vital e a ventilação voluntária máxima de atletas de rugby em cadeira de rodas.
Metodologia: Foram estudados oito voluntários tetraplégicos com nível de lesão entre C4 e C7 praticantes de rugby em cadeira de rodas, com classificação funcional na modalidade entre 1 e 3. As provas de função pulmonar foram realizadas de acordo com as orientações da American Thoracic Society, usando um espirômetro (Easy-One). Nessas provas foram medidas a capacidade vital (CV) e a ventilação voluntária máxima (VVM). Cada manobra foi realizada até a obtenção de três curvas aceitáveis e duas reprodutíveis. Os valores de referência utilizados foram os de Pereira et al. 2002, e os resultados obtidos foram expressos em condições BTPS (body temperature and pressure saturated).
Resultados: Na tabela 1 são apresentados os dados espirométricos da CV e VVM, expressos em valores absolutos e percentuais em relação ao valor predito para sujeitos normais.
Tabela 1: Valores absolutos e em percentual do predito da capacidade vital (CV) e da ventilação voluntária máxima (VVM) apresentados em média e desvio padrão, n=8.
Valores preditos
Valores obtidos
Percentual do predito (%)
- CV (L)
- 5,3±0,6
- 2,5±1,1
- 49±24
- VVM (L/min)
- 134±55
- 107±28
- 77±23
Conclusão: Os dados permitiram a caracterização de variáveis associadas aos volumes pulmonares em lesados medulares e mostraram a redução desses valores quando comparados aos valores de referência da população normal.