Editora Itapoã. Brasil 1968. 221 páginas.

Sobre

MESTRE DE CAPOEIRA E DE MUITAS ARTES

Jorge Amado.

Waldeloir Rego, roôço baiano debruçado sôbre os livros e sòbre a vida, é comumente apresentado às pessoas de -fora-eom--arseguinte frase: êste rapaz é quem mais entende de candomblé, na Bahia.” Entende, realmente, muitíssimo; as religiões afro-brasileiras, o sincretismo baiano, são para êle fonte constante de observação e estudo e o material que durante anos reuniu, possui e está elaborando vai nos dar, com certeza, aqueles livros definitivos que há muito esperamos sôbre êsse problema. Nesse môço não há nada de amadorístico nem exerce a fácil e simpática vigarice que tão fàcilmente acompanha a pesquisa e o tratamento de tais assuntos. Nêle tudo é seriedade e honradez intelectual, não há pressa em seu trabalho nem afã de aparecer. Em seu gabinete, quase uma cela monásticá, Waldeloir acumula, separa, cataloga e observa o imenso acervo que vai buscar na intimidade mais profunda da vida popular baiana. Dessa vida popular êle não é apenas observador, é parte integrante.