Resumo

A população idosa tem problemas ao deparar-se com o uso do tempo livre na velhice. O que poderia ser uma fase do ciclo da vida para ser desfrutada sem as obrigações do trabalho, pode trazer problemas físico e psicossociais para o idoso. Nessa perspectiva a prática da atividade física vem contribuir positivamente para a saúde física e o bem-estar psicológico, comumente indicado por sentimentos de satisfação, felicidade e envolvimento. Estudos apontam que a adesão por parte dos idosos está fortemente atrelada às atividades lúdicas e por isso a Capoterapia, que é uma modalidade lúdica com movimentos adaptados da capoeira, apresenta-se como uma opção para os idosos. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi, a partir da percepção de capoterapeutas, reconhecer os benefícios dessa prática para essa população. Caracterizado como exploratório-descritivo, a amostra foi composta por 11 capoterapeutas (capoeiristas, professores de Educação Física, fisioterapeutas, com curso de capacitação em Capoterapia), variando entre 20 a 60 anos, de diversos estados brasileiros, em visita ao grupo de idosos praticantes de Capoterapia da Universidade Católica de Brasília (UCB-DF). Os depoimentos foram coletados mediante entrevistas semiestruturadas e para a análise qualitativa utilizou-se uma categorização a partir da análise de conteúdo de Bardin. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da UCB com o registro nº CAAE N. 23946713.7.0000.0029, e todos os capoterapeutas entrevistados assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Nos relatos dos capoterapeutas apareceram como benefícios: a possibilidade dos idosos voltarem a realizar atividades que já não tinham mais a capacidade de fazê-lo; o bem-estar corporal, que flui no momento da musicalidade, da dança, da massagem, do relaxamento; o lazer como interesse turístico nas viagens para o divertimento e para divulgar a Capoterapia;

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