Caracteristicas do ambiente familiar e a interação dos tutores com seus bebês
Por Eulália Rodrigues De Gois (Autor), Fabrício MADUREIRA (Autor), Bruna Freitas (Autor).
Em 46º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
O desenvolvimento motor infantil (DMI) pode ser influenciado por diversos fatores, dentre eles, o ambiente domiciliar, devido a convivência com os tutores, variedade de estímulos e diversidade de brinquedos. Alguns estudos apontam que a deficiência no DMI pode ter relação com fatores de risco de saúde, podendo até se perpetuar para a fase adulta. Desta forma, torna-se interessante a elaboração de estudos que possam nos nortear sobre o que de fato há no ambiente domiciliar dos bebês e que pode influenciar no desenvolvimento motor. OBJETIVO: Investigar os estímulos que o ambiente doméstico possui para influenciar no desenvolvimento motor de bebês. METODOLOGIA: 12 tutores de bebês com média de idade de 14 meses (5 - BB1) e 36 meses (8 - BB2), sendo todos praticantes de natação, com frequência semanal de 2 vezes e peso médio de 3,274kg, responderam ao questionário Affordances in the Home Environment for Motor Development-Infant Scale (AHEMD-IS). O mesmo possui questões relacionadas às características da criança e da família; espaço físico da residência; atividades diárias praticadas pela criança e; brinquedos e materiais existentes na habitação e que podem influenciar no desenvolvimento motor das crianças investigadas, sendo dividido em dois modelos de questionário: BB1: contendo 56 perguntas e; BB2: com 80 perguntas. Ainda, as divisões das questões variam de acordo com a resposta dada e a faixa etária, o que pode influenciar na continuidade do questionário. Por fim, o mesmo foi entregue aos tutores para ser respondido em casa, afim de auxiliar na precisão das respostas. RESULTADOS: Os dados estão apresentados em forma de frequência de resposta de algumas perguntas, tanto para o BB1 quanto para o BB2, sendo respectivamente: 40% e 50% indicam ter espaço externo amplo para as os bebês brincarem; 100% e 87% reservam um momento diário para brincar/interagir com seus filhos; em ambos, 100% habitualmente realizam brincadeiras ou jogos que ensinam o bebê a reconhecer as diferentes partes do corpo; 80% e 67% dos bebês nunca e quase nunca ficam acordados quando estão em um espaço delimitado dentro de casa; 80% e 75% possuem cinco ou mais brinquedos de pelúcia; 20% e 62% possuem mais carrinhos ou brinquedos de empurrar ou puxar; 60% nenhum e 12% cinco ou mais brinquedos de montar/encaixar; 20% e 25% possuem cinco ou mais brinquedos musicais e; 80% e 37% possuem um ou dois brinquedos que estimulem a movimentação de todos o corpo realizando diversas habilidades. CONCLUSÃO: Com base na frequência de respostas de ambos os grupos é possível observar que apesar do espaço residencial ser amplo, o mesmo parece ser pouco aproveitado pelos bebês. Ainda, a quantidade de materiais destas e das demais perguntas variam entre um e quatro brinquedos para o BB1 e cinco ou mais para o BB2.